Que filho não vem com bula ou manual de instrução todos nós já sabemos.

Porém já me peguei inúmeras vezes questionando a minha conduta, os meus pareceres e as minhas decisões quando o assunto é "filhos".

​Quem de nós já não ficou se debatendo para encontrar a “melhor resposta” ou torcendo para o filho não fazer uma determinada pergunta?

​Bem, agora com os meus já crescidos, começo a observar os meus erros e comemorar meus acertos. ​Sabe aquela história de sempre responder de forma direta, suscinta e verdadeira toda pergunta que um filho ou filha te fizer?

​Essa orientação é bem correta. Dia desses, estava conversando com a minha filha, agora já com 19 anos de idade, e estávamos lembrando de quando ela, com 11 ou 12 anos, me fez duas perguntas capciosas a respeito de sexo.

​Naquela época, respondi a uma delas diretamente pois acreditaiva que ela tinha maturidade para entender, e a outra pergunta simplesmente expliquei da seguinte forma: "Filha, não acredito que você tenha maturidade pra falaramos sobre esse assunto ainda, mas se você fizer questão de uma resposta, te responderei”.

​Advinhem o que ela me disse? “Não, mamãe, não quero uma resposta agora, deixa pra depois”.

​Hoje ela me diz que sempre se sentiu muito segura pra me perguntar tudo, pois nunca criei tabus sobre qualquer assunto. Outra observação interessante foi que ela sempre teve a certeza que eu explicaria tudo muito claramente e sem enrolações no momento certo pra ela.

Justamente por isso ela não insistia pra ter respostas quando eu dizia que ainda era cedo pra determinados assuntos. E o mais maravilhoso é que, segundo ela, quando ela tiver filhos, fará tudo exatamente como sempre fiz.

​Pois é, hoje compartilhei com vocês algo que posso comemorar sobre a educação dos filhos. Certamente, a lista de erros é enorme e muito maior que a dos acertos! E eu os observo com muita naturalidade e pouca auto-cobrança, afinal a gente só esta está aqui porque tem muito para aprender não é mesmo?

Luciene Tamaki